sábado, 25 de janeiro de 2014
... Wicca
Uma religião natural baseada nas práticas de antigas religiões,
especialmente a celta, mais em consonância com as forças da natureza.
Contudo, mais que ver os wiccans como membros de uma religião, é talvez
mais certo vê-los como partilhando uma base espiritual da natureza e dos
fenómenos naturais. Pois os wiccans não teem credo escrito a que os
ortodoxos devam aderir, nem templos de pedra ou igrejas para adoração.
Praticam os rituais em parques, jardins, florestas, ao ar livre.
“Somente uma regra há: Faça o que desejar! Sem mal nenhum causar!.”
"Wicca" é o nome de uma religião contemporânea neo-pagã, largamente
popularizada pelos esforços de um funcionário publico reformado inglês
chamado Gerald Brosseau Gardner. Gardner nasceu em The Glen, The
Serpentine, Blundellands, perto de Liverpool, Inglaterra, numa família
de classe média sendo um dos quatro irmãos e viveu com dois deles, Bob e
Douglas. Gardner afirmava ter sido iniciado em 1939 numa tradição de
bruxaria religiosa que ele acreditava ser uma continuação do Paganismo
Europeu. Doreen Valiente mais tarde identificou aquela que iniciou
Gardner como sendo Dorothy Clutterbuck no livro A Witches' Bible,
escrito por Janet e Stewart Farrar em 2002. Esta identificação foi
baseada em referências que Valiente se lembrava de Gardner fazer a uma
mulher a quem ele chamava de "Old Dorothy". Ronald Hutton diz, no
entanto, no livro Triumph of the Moon, que a Tradição Gardneriana era
largamente inspirada em membros da Rosicrucian Order Crotona Fellowship e
especialmente por uma mulher conhecida pelo nome mágico de "Dafo". O
Dr. Leo Ruickbie, no livro Witchcraft Out of the Shadows (2004),
analisou as evidências documentais e concluiu que Aleister Crowley teve
um papel crucial ao inspirar Gardner a criar uma nova religião pagã.
Etimologia da palavra “WICCA”:
Gardner, nos dois livros sobre o assunto, refere-se à bruxaria como
"Wicca", ou "A Arte". Em Inglês Arcaico, "Wicca" A palavra tem sua
origem na raiz indo-européia "wikk-", significando "magia",
"feitiçaria". O nome Wicca é o mais usado para denominar essa religião.
Ela também é conhecida como Bruxaria, Feitiçaria, Antiga Religião e Arte
dos Sábios, ou simplesmente, a Arte. Ele utilizou esta palavra porque
em épocas remotas os "Bruxos" eram chamados as vezes por "wiccas" , os
sábios.
Os Wiccans são uma religião da Natureza. Os seus rituais baseiam-se nas
quatro estações; os seus simbolos representam a ligação da vida humana à
Natureza. Não devemos ignorar as forças destrutivas da Natureza, pois
são tão abençoadas e naturais como a lua cheia.
As mulheres são iguais, se não superiores, aos homens. As mulheres na
mitologia celta são invulgares. São inteligentes, poderosas guerreiras,
sexualmente agressivas e lideres de nações.
Finalmente, devemos notar que wicca não está relacionada com adoração
satanica. Esta está relacionada com a perseguição de "bruxas" pelos
Cristãos, especialmente durante a Inquisição. O espirito da Inquisição,
contudo, vive nos corações de muitos devotos cristãos que continuam a
perseguir wiccans, entre outros, como adoradores do diabo. Os modernos
inquisidores não queimam pessoas. Em vez disso tentam abolir o Dia das
Bruxas, livros infantis que falem de bruxas, e qualquer nome, numero ou
simbolo que os cristãos associem a satanás. São as modernas vitimas de
rituais satanicos tão iludidas como os caçadoares das bruxas de hoje
caçadas pelos cristãos ao longo dos séculos. Se há cristãos a serem
abusados por adoradores do diabo, os seus abusadores não pertencem à
“conspiração” religiosa internacional conhecida como Wicca.
Princípio Feminino ou Grande
Mãe
Grande Mãe representa a Energia Universal Geradora, o Útero de Toda
Criação. Na wicca, a Deusa se mostra com três faces: a Virgem (lua
crescente), a Mãe (lua cheia) e a Velha Sábia (lua minguante), sendo que
esta última ficou mais relacionada a bruxa na imaginação popular. A
Deusa Tríplice mostra os mistérios mais profundos da energia feminina, o
poder da menstruação na mulher, e é também a contraparte feminina
presente em todos os homens, tão reprimida pela cultura patriarcal!
Princípio Masculino ou Deus Cornífero
Da mesma forma que toda luz nasce da escuridão, o Deus, símbolo solar da
energia masculina, nasceu da Deusa, sendo seu complemento, trazendo em
si os atributos da coragem, pensamento lógico, fertilidade, saúde e
alegria. Da mesma forma que o sol nasce e se põe todos os dias, o Deus
nos mostra os mistérios da morte e do renascimento. Na wicca, o Deus
nasce da Grande Mãe, cresce, se torna adulto, apaixona-se pela Deusa
Virgem, fazem amor; a Deusa fica grávida, o Deus morre no inverno (no
fim dele) e renasce novamente, fechando o ciclo do renascimento, que
coincide com os ciclos da natureza e mostra os ciclos da nossa própria
vida.
A Ímanência
Imanência, um dos princípios vitais da Wicca, é o conceito da
interligação e conexão existente entre todas as coisas. É a consciência
de que cada um de nós é sagrado e a manifestação da Deusa.
O princípio imanente assegura que tudo é sagrado, por isso tudo merece
respeito. Todos nós estamos interligados por uma mesma teia e por isso
faz-se necessário vivermos nossa espiritualidade de forma equilibrada,
compreendendo o que é viver com integridade e responsabilidade para com a
natureza e os seres humanos. A Wicca é uma religião de caráter
libertário, mas em nenhum momento podemos esquecer que ela encoraja a
responsabilidade ambiental, social e espiritual.
A imanência nos lembra que aquilo que afeta um ser afeta todos os seres.
Por isso, um desequilíbrio ecológico, social ou espiritual vivido
isoladamente não é necessariamente isolado e atinge o mundo em sua
totalidade.
O princípio da imanência assegura que a Deusa está em tudo. Ela é
onipresente na vida e em cada um de nós. A Wicca não vê a divindade como
algo a parte da Natureza ou da vida cotidiana. A Deusa é o mundo, a
Terra e todas as coisas que existem:
A Terra é o corpo Dela
O Ar, Seu sopro
Fogo, Seu Espírito
E a Água, Seu útero vivo.
Os wiccas praticam os seus rituais sozinhos (bruxos solitários) ou em
pequenos grupos de pessoas chamado de coven. Um coven possui 13 membros
(na maioria das tradições existentes admite-se 14 membros, sendo o
décimo-quarto o mais novo do grupo, responsável por preparar os
incensos, acender o fogo, colher ervas e outras pequenas tarefas). O
coven é dirigido por uma Alta Sacerdotisa e/ou um Alto Sacerdote que
gerenciam os trabalhos de adoração à Deusa, os trabalhos mágicos e
cerimônias como os sabás e esbás. Uma explicação para que o coven seja
formado por treze pessoas, é que cada uma representaria um mês do ano,
pois nas sociedades matriarcais o ano segue o calendário lunar de 13
meses de 28 dias, mais um dia, no total 365 dias. Daí vem a expressão
"um ano e um dia", pois, quando é iniciada, a pessoa estuda durante esse
período para depois confirmar seus votos. Isto em algumas Tradições.
O coven reúne-se basicamente para a celebração de um sabá ou para um
esbá. Esbá é uma reunião mensal que se realiza treze vezes ao ano
durante a lua cheia, que recebe o nome de esbá. Geralmente no esbá
trocam-se idéias, realizam-se rituais especiais, agradecem-se a Deusa e
ao Deus, realizam-se trabalhos de cura e proteção.
Os wiccas celebram oito sabás anuais, destacando as transições entre as
estações. Os quatro grandes sabás são Candlemas, Beltane, Lammas e
Samhain, e os menores são
Equinócio da Primavera e Equinócio do Outono, e Solstício de Verão e
Solstício de Inverno.
A Roda do Ano
Representada pelos oito sabás, tem por objetivo sincronizar a nossa
energia com as estações do ano, ou seja, com os ciclos do planeta Terra e
do Universo. Para algumas tradições da wicca, o ano se inicia no
solstício de inverno. Outras consideram a noite de 31 de outubro como o
início do ano. Esta data é conhecida como Halloween ou Dia das Bruxas,
mas seu nome tradicional é Samhain, que significa "sem sol",
referindo-se ao tempo de inverno. Esta época também é correspondente ao
ano-novo judaico
No solstício de inverno ocorre o nascimento/renasci-mento do Deus; nos
sabás da primavera, do verão e do outono, ele tem o Seu crescimento,
puberdade e maturidade; e Sua morte no sabá de Samhain. Após a morte ele
retorna ao ventre da Deusa Mãe até o solstício do inverno seguinte,
quando renasce. Este é o ciclo mítico do nascimento-morte-renascimento
que se repete em todos nós todos os anos. E a Deusa, em Seus aspectos, é
adorada durante todo o ano. Outras tradições preferem adorar a Deusa
durante os sabás da primavera e verão, e o Deus durante os sabás do
outono e do inverno. Confraria de Bruxos
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