quarta-feira, 8 de junho de 2016

Hécate, A Deusa Das Bruxas


hacate r12

Na mitologia greco-romana Hécate ocupava um lugar muito especial.
Embora seja muito pouco citada nos livros de mitologia mais conhecidos, seu culto era amplo e generalizado entre o povo. Para você calcular a importância de Hécate, ela era honrada até mesmo por Zeus, como uma Titânida dos Titãs, ou seja, uma Deusa pré-olimpiana… Hécate recebia diversos títulos, como Kratay, e Eurybia, a Deusa Forte, em uma referência aos deuses que originaram o panteão grego. Tudo isso leva a crer que Hécate é uma Deusa cujo culto já se havia estabelecido antes da própria civilização grega. Uma coisa que bem revela a importância de Hécate foi o decreto de Zeus: cada vez que alguém deitasse uma oferenda na terra sem ofertá-la a nenhum Deus específico, a oferenda era de Hécate, o que significava que Zeus reconhecia que o que estava sobre a Terra era dela, em principio… Hécate é a Senhora dos Mortos, líder do que se chama em muitas mitologias ” A caça selvagem”.
hacate r13

Esta se constitui de um grupo de fantasmas e animais astrais, corvos,corujas, cachorros que uivam lungubremente, que passa na Terra ao fim de cada dia para recolher as almas dos mortos naquele dia. Ouvir cães uivando a noite é sinal certo da presença de Hécate. Nunca fiz um ritual para Hécate
sem os uivos ou latidos de cães. Do mesmo modo que lidera a Caça Selvagem, Hécate conduz as almas dos mortos e também os vivos, nas estradas, aos melhores caminhos, por isso é representada com uma tocha na mão. Ela é a Senhora que Guia, e assim podemos contatá-la.
Hécate também preside os nascimentos, por isso é chamada Protiraya, a Senhora dos Portais, sendo  o portal do ingresso nesta vida. Assim, é invocada durante os partos como condutora da alma à reencarnação, junto com Artemis ( que é parteira e protetora das crianças). Infelizmente, ao menos nos livros que conheço em português, não há referências ao culto de Hécate como Senhora da Magia e dos Oráculos,
geralmente por puro preconceito.
hecate 12a
Karl Kereny em sua obra de mitologia grega escreve o seguinte; “Hécate Trivia era cultuada nas encruzilhadas de Três Caminhos. O que as mulheres faziam nesses locais não é mais mitologia, pertence aos domínios da feitiçaria e como tal não abordarei o assunto”. Que droga, né? Hécate é representada também com um athame na mão, rezando a tradição que foi acriadora desse instrumento mágico.
Como se trabalha com Hécate? Hécate é uma Deusa muito rica, lembrando que é uma Deusa Tríplice, possuindo, pois, aspectos de jovem, mãe e Anciã.
Ela é dona do caldeirão da transformação, onde residem todas as possibilidades. Um trabalho com Hécate pode ter mil facetas justamente por isso: vc pode desde trabalhar os entraves na sua vida financeira, até seu caminho espiritual , suas capacidades mágicas e oraculares até pedir a intercessão dela em um caso de morte ou nascimento difíceis; pode pedir que Ela oriente vc ao melhor caminho nas encruzilhadas da vida… Enfim, todo o trabalho mágico pode passar por essa Deusa maravilhosa.

hecate 14
Não é a toa que Hécate é chamada a Deusa de todos as Bruxas
Falando em Hécate como senhora da Morte, vcs sabiam que um wiccaniano sempre medita na própria morte? A morte não é fim, nem é castigo para nós, então devemos nos preparar para aceitá-la como inevitável e natural. Devemos nos preparar para olhar a Ceifeira nos olhos e dizer que a amamos. Isso não é nada fácil, especialmente em um mundo voltado para coisas que fazem as pessoas disfarçarem a morte e o medo que têm dela…bruxaarana.com.br

AS BRUXAS DE MACBETH



Em um caldeirão, as irmãs bruxas preparavam uma poção com curiosos ingredientes: olhos de lagartixa, pelo de morcego, asa de coruja, escama de dragão. Não, não em Harry Potter - em Shakespeare!


witches painting
É curioso como Shakespeare, um autor tão dado a gracinhas e a temas pitorescos, tenha adquirido uma reputação tão austera. Sem dúvida, seu domínio da língua inglesa assombra a muitos leitores, devido à dificuldade oferecida pelo seu vocabulário de época. Isso, somado à riqueza de seus diálogos e de suas caracterizações humanas, conferiu-lhe um ar de sabedoria e severidade que, apesar de respeitável, acaba afastando muita gente. As suas peças, entretanto, são cheias de humor e fantasia: mesmo em tragédias como Macbeth e Hamlet, percebemos não apenas o bom-humor do dramaturgo, em piadas e ironias, mas também o seu fascínio pelo sobrenatural, como, por exemplo, em cenas de feitiçaria e aparição de fantasmas.
O poder mágico das três irmãs bruxas, em Macbeth, é determinante para o andamento desta que é uma de suas melhores peças. Macbeth, o protagonista, sobe ao trono da Escócia graças a uma série de crimes e intrigas, mas a todo momento guiado pelas forças sobrenaturais. São as feiticeiras que, à semelhança das três irmãs moiras da mitologia grega, decidem o futuro das personagens.
witch snow white
Em um caldeirão, as irmãs preparam uma poção com curiosos ingredientesolhos de lagartixa, dedos de rã, língua de cão, perna de lagarto, ferrão de escorpião, asa de coruja, escama de dragão, dedo de nenê estrangulado no parto, raiz de cicuta, nariz de turco, fígado de judeu blasfemo, vísceras de um tigre, múmia de bruxa, pelo de morcego, dente de lobo, e muitos outros. Juntas, as três bruxas cantam a receita em andamento; o seguinte trecho de sua canção chegou a ser trilha em Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban:
"Double, double, toil and trouble / Fire burn and cauldron bubble / Double, double, toil and trouble / Something wicked this way comes!"
* Dúvida, dúvida, trabalho e inquietação / O fogo queima e borbulha o caldeirão / Dúvida, dúvida, trabalho e inquietação / Algo maligno vem por aí!
wicth oz
Se esses elementos fantásticos fossem tomados, à época, como nós o encaramos hoje, é bem provável que Shakespeare fosse tachado de um autor de "contos de fadas". Para Samuel Johnson, um especialista em Shakespeare, isso teria desqualificado as suas peças; mas tal não ocorreu porque, em inícios do século XVII, quando Macbeth é encenado pela primeira vez, as forças sobrenaturais eram vistas como algo plenamente real pelo senso comum. O próprio Rei Jaime testemunhava ter presenciado casos de bruxaria e, tomado como sábio, escreveu um manual sobre o assunto intituladoDemonologia, muito difundido em seu tempo.
"Então [à época] a doutrina da bruxaria foi poderosamente inculcada; e como a maior parte da humanidade não tem outra razão para suas opiniões senão a de que elas estão em moda, não há dúvida de que essa persuasão fez rápido progresso, uma vez que a presunção e a credulidade cooperaram em seu favor. [...] Como os prodígios sempre são vistos na proporção em que são esperados, bruxas eram descobertas todos os dias e se multiplicavam tão rapidamente em alguns lugares que Bishop Hall menciona um vilarejo em Lancashire onde o número de bruxas era maior do que o de casas."
hermione harry potter
O trecho acima, escrito por Samuel Johnson, constitui uma clara crítica histórica, mas é também um lembrete. Devemos nos perguntar, sobre nossa própria época: quais são as grandes ficções tomadas pelo senso comum, atualmente, como verdades universais, e que nos fará parecer ridículos no futuro próximo? Temos alguma razão para pensar que, em nosso próprio século, todas as alucinações coletivas foram extintas? Shakespeare pode ter sido um gênio da literatura, mas ele próprio não estava imune à credulidade de sua cultura. E quanto a nós, que não somos nenhum Shakespeare?
obviousmag.org


Feitiço de Glamour – Para aumentar a autoestima

No filme The Craft de 1996 podemos ver um feitiço que permitia que uma pessoa mudasse radicalmente as características da aparência para se disfarçar. Elas se referiram ao feitiço como glamour, e fizeram parecer muito fácil. Como a maioria das coisas retratadas por Hollywood, o feitiço muito simplificado, embora continue baseado num principio celta. Quando os celtas chegaram à Irlanda, as lendas nos dizem que eles encontraram a Emerald Isle habitada por uma raça divina de seres chamados de Tuatha De Danaan. Incapazes de impedir a invasão, os Tuatha foram para o subsolo da terra e se tornaram uma raça feérica mítica da Irlanda. Existem estórias sobre seres mágicos que andam entre os homens e se disfarçam em momentos de perigo.
Isto ficou conhecido como glamoury, o véu de ilusão que os Danaan usavam quando precisavam se proteger dos humanos. A palavra se modernizou para o inglês glamour, um termo usado geralmente para mulheres bem arrumadas, ou seja, usando um véu de ilusão. O glamoury ainda faz parte dos feitiços celtas. Mesmo que o propósito original tenha sido esquecido. Esta era a versão celta da shapeshifting . Enquanto sob o véu encantado do glamour nos podemos nos tornar as deidades dentro de um ritual. Podemos usa-lo para nos mesclar ao chão, ficando praticamente invisíveis, ou nos mudar de forma que realcemos nosso carisma.
Para fazer este ultimo tipo de glamour você precisará:
  1. um espelho (de preferência um utilizado apenas para propósitos mágicos),
  2. uma vela vermelha,
  3. uma vela verde
  4. alguma coisa que possa ser o talismã que ativará o feitiço. Um colar é o ideal, pois ele fica no centro do corpo e pode ser visto por todos. Pecas de prata funcionam bem e também jóias com diamantes, opalas e jade. Seu perfume preferido também funciona bem neste caso.

Faça o feitiço à noite, com tanta escuridão quanto for possível. Feche um pequeno circulo e sente-se no meio, de frente para o oeste, o centro tradicional celta para os Tuatha.
Coloque o espelho na sua frente com as velas atrás de você, uma de cada lado, formando um triângulo com você no meio.
A vela verde é a vela do planeta Vênus, que rege a beleza pessoal. A vela vermelha tem a cor da paixão e irá ajudar a projetar seu carisma.
Mantenha essas associações em mente, mas mantenha as velas fora de vista. A idéia é ter um pouco de luz para que se veja no espelho, mas não o suficiente para que ela esteja clara no reflexo.
Peque o amuleto e o segure firme entre as mãos, respire fundo algumas vezes e relaxe, olhe então para o espelho e visualize sua imagem mudando para aquilo que você quer. Ao fazer isso, jogue a energia no amuleto a medida em que sua imagem muda, pois este amuleto será o que ativará o feitiço. Não se assuste se a imagem parecer tomar vida própria. Quando estiver satisfeita com a imagem que você moldou no espelho, coloque o amuleto sobre a área cardíaca e jogue a energia dentro dele. Visualize que ele se torna o ativador do feitiço sempre usa-lo. Sele o feitiço repetindo a rima:
From burrow dark and lake-world deep,
Faeries slumbering rise from sleep,
Sometimes here,
now sometimes there,
What I will is the face I wear.
(De toca escura e lago do mundo profundo,
Fadas adormecidas que protegem o sono,
Às vezes, aqui,
agora às vezes não,
O que eu quero é o rosto que eu uso)
Apague as velas as proteja para que a energia não disperse até que o feitiço seja feito novamente. Repita o feitiço sempre que achar necessário para reforçar a imagem que você quer projetar.
Boa Sorte!

Fonte: Texto de Pietra Di Chiaro Luna.
taniagori.com.br