quinta-feira, 29 de maio de 2014

A BRUXA CIGANA...







KI SHAN I ROMANI,
ADOI SAN’ I CHOV’ BANI.

AONDE OS CIGANOS VÃO,
EU SEI QUE AS BRUXAS ESTÃO.











A palavra romani para designar bruxa
 éshuvihani (cujo masculino é shuvihano), mas algumas vezes ela é abreviada para shuvani e, em certas regiões, a sua referência é shu’ni.(Há também uma outra forma que échuvihani.) O significado dessa palavra é“bruxa”, apesar de a sua significação mais antiga ser “uma pessoa sábia”: alguém que possui o conhecimento de todos os aspectos do oculto.

No interior da sociedade cigana, a importante função de abençoar e amaldiçoar, de curar e provocar doenças... a chuvihani é aquela pessoa que tanto é respeitada pela sua sabedoria como pelo seu entendimento das crenças e práticas mágicas”. Ela também é quem detém todo o saber dos tabus sociais e dos ritos e rituais mágicos, tais como o batismo e o casamento. Não há cigano que a considere, seja la em que momento for, como uma pessoa maléfica ou repugnante. Para eles, ela é simplesmente aquela que possui um conhecimento singular, além de ter um poder que, de acordo com seus desejos, poderá ser usado para o bem ou para o mal.




Eric Maple, no Livro THE DARK WORLD OF WITCHES (LONDRES: ROBERT HALE, 1972), diz o seguinte:
Os historiadores observaram que houve um súbito ressurgimento da bruxaraia e feitiçaria ao século quinze, e não há a menor dúvida de que a chegada dos ciganos foi uma das causas para tal evento. Esse povo nômade chegou à Europa por volta do século catorze, provavelmente oriundo da Ásia. Trazendo com ele as práticas mágicas que estavam adormecidas na Inglaterra desde que a fé cristã se expandiu.

Pois existe realmente uma possibilidade bem clara de que a chegada dos ciganos tenha sido a centelha que desencadeou o ressurgimento do paganismo e da prática da magia.



Eles podem ter sido charlatões sob diversos aspectos, mas não se tem como acusá-los de não possuírem certos poderes mágicos. Por isso que é afirmado que a fraude, o logro e a trapaça não foram a sua única bagagem ao longo de tantos séculos. Conforme nos diz o velho ditado, “onde a fumaça, há fogo”, talvez isto seja de alguma forma aplicado aqui. Mas apesar, de tudo, os ciganos também foram os Mantenedores dos Antigos Mistérios e vêm sendo, pelos séculos, um manancial do conhecimento mágico ao redor do mundo.

Existem muitas superstições no seio da tradição cigana. Assim, augúrios, tabus e profecias, tudo isso faz parte da vida desses nômades. Além disso, eles crêem nos espíritos- da terra, do ar, da floresta e do campo. As shuvanis são justamente aquelas que conseguem comunicar-se com tais espíritos, e o fazem com certa regularidade. Entretanto, dentre os grupos de espíritos, três se destacam de modo especial: os do ar são bastante independentes e tanto podem ferir como ajudar os humanos. Parece que eles se sentem mais gratificados quando conduzem os humanos para o mau caminho! Por outro lado, os da terra são reiteradamente descritos como “nobres”. São amigáveis e estão sempre dispostos a dar um bom conselho. Já os espíritos da água constituem um caso à parte. Ao mesmo tempo que são gentis e ajudam os humanos, eles podem ser por demais vingativos e, se não forem completamente maléficos, não serão nem um pouco agradáveis.

“As mulheres se superam nas manifestações de certas qualidades associadas com os mistérios e as influências e poderes ocultos”. De fato, a quantidade existente das shuvanis é bem maior do que a dos shuvanos apesar de estes últimos serem tão considerados quanto as primeiras.
A magia dos ciganos não se reduz a trapaças, mesmo que também recorram a esse expediente. No fundo eles crêem, com muita convicção, em si mesmos e nos seus encantamentos, e por isso exercitam a magia para uso próprio. Além disso, eles acham que inúmeras mulheres, e uns poucos homens, têm a posse genuína dos poderes sobrenaturais herdados e parcialmente adquiridos.

Na verdade, não existe qualquer tipo de “cerimônia de iniciação” para fazer comque uma pessoa se torne uma shuvani ou um shuvano. Pois essa condição é alcançada a partir de um treinamento gradual, que seja ele monitorado ou solidário. Ou seja, o aprendizado só vem com o decorrer do tempo.



Em se tratando de magia, nunca se apresse! Pois são vários os atos mágicos que precisam ser realizados no tempo certo, que seja numa determinada hora do dia ou da noite, ou mesmo num certo período do mês. Portanto, não deixe de planejar com esmero tudo aquilo que deverá se feito.
Jamais tente trabalhar com a magia, movido apenas pelo impulso momentâneo, uma vez que raramente se consegue o sucesso quando se age assim. A magia- ou melhor, a magia bem-sucedida- vai sempre depender da energia, especialmente da energia da pessoal de quem a esta realizando. Porque essa energia (ou “poder”, ou qualquer nome que se queira dar a ela) é absorvida pelos instrumentos que são fabricados e manipulados, pelas palavras que são enunciadas, pelas ações que são representadas , e ainda pelo direcionamento dado no sentido de se obter o resultado.




Procure realizar apenas a magia positiva. Certifique-se com cuidado, de que aquilo que você irá fazer não causará dano a nenhum ser. Aliás, faça mais do que isso; assegure-se de que o seu ato mágico não irá interferir no livre-arbítrio de ninguém. Isso é particularmente importante nos casos da magia amorosa.

Entre os integrantes da WICCAacredita-se que tudo aquilo que se faz retornatriplicado. Assim, se fizermos o bem para uma pessoa, ele retornará três vezes, com a sua energia intensificada. Mas, se fizermos o mal, se magoarmos alguém ,teremos o retorno da infelicidade, triplicada de uma maneira terrível. Essa crença é o corolário de uma lei da WICCA:Faça o que quiser, desde que não magoe ninguém.Isso significa, basicamente, que todos nós somos livres para fazermos qualquer coisa, mas que devemos nos atentar para que nossas ações não prejudiquem os outros. Eu, por minha vez, também assino embaixo dessa certeza.







Já tenho assistido, por diversas vezes, a esse “retorno tríplice” e aos seus efeitos, tanto positivos como negativos. Eis porque é extremamente importante que você, ao trabalhar com a magia dos ciganos, fique atento em não magoar ninguém, além de não interferir no livre-arbítrio de quem quer que seja. E é sempre bom ter em mente esse velho ditado: “ Faça com os outros aquilo que você gostaria que lhe fizessem”.
Outro aspecto indispensável do trabalho mágico é a necessidade de levar em conta o estado mental. E, para isso, você deve estar sempre calma, centrada, habilitada a focalizar aquilo que deseja e, principalmente, capaz de controlar as suas emoções. 

Embora normalmente seja preciso jogar muitas emoções em cima daquilo que se esta tentando obter, não é por isso que se deve ficar enredado no emocional, a ponto de perder o controle de si mesmo, uma vez que a melhor atitude é canalizar essa emoção para que a energia seja bem-direcionada.



A visualização esta sempre ao lado da concentração. Por isso, vou lhe perguntar: Até que ponto você é bom na arte de visualizar? Ao pensar – realmente pensando – em uma rosa, você consegue enxergar todos os aspectos dela? Será que você terá a apridão de tê-la por um certo tempo em sua mente. Será que você vai conseguir “focar” a sua visão no centro dessa rosa e ali olhar as gotas de orvalho acumuladas sobre as pétalas? Saiba então que é exatamente isso que quero dizer sobre em concentração e visualização.

pureza é outro aspecto fundamental quando se trata de magia. Assegure-se de estar limpo física e mentalmente, e a partir daí adquira o hábito de tomar um banho bem demorado, antes de qualquer trabalho mágico.

E o que dizer a respeito do local propício de trabalho? Os livros que tratam da magia se referem com certa regularidade- pelo menos um grande número entre eles- a um “templo” ou “espaço mágico” onde será feito o trabalho mágico. Obviamente por isso os ciganos não se dedicam à magia cerimonial. Pois nenhum deles possui um espaço sagrado de reserva. Exatamente como as bruxas tradicionais, eles operam a magia em qualquer lugar que ela possa ser feita. E tanto pode ser dentro da mata como em algum lugar que ela possa ser feita. E tanto pode ser dentro da mata como em algum campo aberto, ou mesmo no interior de uma velha cabana. O lugar é o que menos importa, pois o que vale mesmo é aquilo que você faz.



Como já mencionei aqui, os Ciganos têm sido identificados com as Bruxas e Feiticeiros, pelo menos desde o século quinze. Pois, para se sustentarem vivos, eles se viram obrigados a fomentar a crença de que retinham certo tipo de conhecimento arcano e de que realmente eram adeptos das artes ocultas. Mais tarde, essa fama implicou com fogueira para os ROM, uma vez que as pessoas de várias regiões presumiam que eles mantinham tratos com o demônio. E a prova disso esta numa cena comum daquela época, na qual a população, ao assistir ao ciganos adestrando os animais e vendo, por exemplo, um cachorro andando sobre duas patas, concluía que isso só podia ser fruto de algum tratado firmado com o Diabo! Os ciganos eram confundidos com as bruxas, em razão de sua concepção sobre sabás que, na época, eram bastante populares. Toda população sabia que as bruxas realizavam os sábas nas florestas ou nas encruzilhadas das estradas. E talvez acontecessem situações em que os moradores da cidade, passando tarde da noite por uma estrada, tenham se deparado com algum grupo de ciganos tocando as suas canções, comendo, bebendo, e que estivesse acampado na floresta ou em alguma encruzilhada depois de ter viajado o dia todo.



Aos olhos do cidadão comum, que normalmente morria de medo das bruxas, aquilo que ele via nada mais era senão um dos seus sabás! Também é expressado a opinião de que as músicas e danças dos ciganos aproximavam-se bastante daquelas que as bruxas realizavam.
Se os ciganos realmente compartilharam as mesmas crenças da Wicca, este é um detalhe que nos é desconhecido, apesar de não haver a menor dúvida quanto às singularidades dos dois grupos. As bruxas possuíam um vasto conhecimento a respeito das ervas, por exemplo.


Mas os ciganos tinham um saber semelhante. O seu estilo de vida nômade fez com que eles fossem tendo uma proximidade estreita com as ervas e flores selvagens, que iam encontrando pelos caminhos. Produziram remédios, a base de ervas, para os médicos das tribos, além de vendê-los para os habitantes dos vilarejos, dizendo que eram elixires mágicos. E, se estabeleciam um contato íntimo com a natureza, de igual modo como as bruxas, é bem provável que tenham cultuado divindades idênticas com nomes diferentes.

A ligação estabelecida entre ciganos, bruxas e feiticeiros durante o período da Idade Média não foi inteiramente incorreta, já que os ciganos possuem um conhecimento que, apesar da tradição própria dos romani, poderia ser classificado como Antiga Feitiçariaou seja, a feitiçaria praticada pelos antigos pagãos.

No entanto, em saber difere do movimento que atualmente leva o nome de WICCA, pois não enfatiza o aspecto religioso. A sua ênfase se debruça muito mais sobre a tradição do uso das ervas, da magia básica e dos oráculos como parte da vida cotidiana. Nenhum desses itens é visto como especial, uma vez que cada um deles é apenas uma parcela da existência.



Em suma, o conhecimento das ervas para o emprego na cozinha, na cura e nos incensos; a utilização dos oráculos e dos augúrios para auxiliar nas decisões, a feitura de feitiços e encantamentos para direcionar os acontecimentos: tudo isso compõe a bagagem dos mistérios dos ciganos.






















Eles acreditam piamente em coisas tais como mau-olhado, maldição, magia negra e muito mais. E, em função dessas crenças, detêm vários modos de limpeza espiritual e exorcismo.
Entretanto, os ciganos não tem o hábito de lançar feitiços e maldições sobre outros, apenas para se divertir, como os filmes e os romances de terror tentam nos fazer acreditar. Mas certamente nunca hesitarão em mandar de volta a negatividade que por exemplo um gaujo lhes tenha enviado. Com essa atitude, eles diferem dos seguidores daWICCA, uma vez que não costumam ficar sentados para esperar que os deuses se incumbam de devolver a retribuição, já que eles gostam de assumir o controle dos problemas e agem com muita presteza. Ao perceberem que algum mal lhes foi direcionado, sem que consigam identificar quem assim o fez, não são poucas as maneiras que eles têm para se livrar disso. E é exatamente a shuvani, a bruxa cigana, que é especialista nesses assuntos.
Os ROM levam em consideração o “ mau-olhado “ . Para eles, é perfeitamente possível que uma pessoa possa fazer o mal à outra apenas com o olhar, apesar de esse tipo de mal nem sempre ser liberado, já que muita gente carrega o mau-olhado sem dar conta disso.
Um remédio bastante eficaz contra o mau-olhado, é ir até um riacho com um caldeirão para enchê-lo de água, mas tendo o cuidado de pô-lo a favor da corrente das águas, nunca contra ela. Em seguida, colocam-se sete mãos cheias de carvão e sete dentes de alho dentro do caldeirão, que é posto no fogo para que a água ferva. Depois ele é mexido com um garfo de três dentes, dizendo-se as seguintes palavras:sagamistica.com


Se o mau-olhado cair sobre ti.
Que ele se extinga ali!
E depois, que sete corvos
Arranquem estes olhos ruins.
Se o mau-olhado cair sobre ti.
Que ele se extinga ali!
E que muita poeira embace este olhar,
Até que nada mais ele possa enxergar.
Se o mau-olhado cair sobre ti,
Que ele se extinga ali!
E que estes olhos ardam e ardam
No fogo do bem!

Bruxas e Feiticeiros

bruxa.GIF (14433 bytes)Uma bruxa é uma figura do imaginário popular que se relaciona com o mal, com a perversidade. Sonhar com estas criaturas transmite a idéia de que o comportamento esta pessoa é baixo e rasteiro, ou que se trata de alguém que busca seu próprio benefício sem se preocupar com os demais. Este sonho é uma advertência frente a uma situação que vai lhe trazer problemas relacionados com seu trabalho, vizinhos ou família.
Por vezes elas se apresentam como representações iniciais da anima. É no entanto uma figura arquetípica da Grande-Mãe. A bruxa é a deusa-mãe negligenciada, a Deusa da Terra, a Deusa-Mãe em seu aspecto destrutivo, era o poder de destruição e morte da deusa da lua, a face materna negativa e sombria. Na Idade Média, as mulheres histéricas eram tidas como bruxas e acabavam na fogueira, posto que elas personificam nossos próprios temores e incapacidades contra os quais temos que lutar. É um impulso instintivo profundo que se caracteriza pela preferência por um ninho confortável.
É retratada como uma velha num vestido preto com um chapéu pontiagudo e montando uma vassoura à Lua Cheia. As crianças vestem-se assim no Carnaval ou no Halloween, para pena de alguns pios cristãos. Hollywood, por outro lado, conjurou imagens de mulheres sexy com poderes paranormais como psicocinética, controle da mente, e outros talentos ocultos. "Pagãos" ou religiões anti-cristãs da Nova Era são muitas vezes identificadas com bruxas e feiticeiros porque alguns cristãos pensam que praticam bruxarias ou porque algumas dessas religiões afirmam praticar mágicas ou "o trabalho." Alguns dos membros destes grupos referem-se a si mesmos como bruxas e warlocks (bruxas machos). Contudo, muitos dos bruxos e feiticeiros da Nova Era são associados com o oculto ou com tentativas de restabelecer religiões naturais que os seus membros associam a religiões antigas pagãs, como a céltica. Uma das mais espalhadas é a Wicca.
"Wicca" é o nome de uma religião contemporânea neo-pagã, largamente popularizada pelos esforços de um funcionário publico reformado inglês chamado Gerald Gardner (finais de 40). Nas ultimas décadas, Wicca espalhou-se em parte devido à popularidade entre feministas e outros que buscam uma religião com uma imagem mais positiva da mulher e mais próxima da terra. Como a maior parte das espiritualidades neo-pagãs, Wicca adora o sagrado como imanente à natureza, retirando muita da sua inspiração da religiões da Europa não-cristãs e pré-cristãs. "Neo-Pagão" simplesmente significa "novo pagão" e vem dos tempos anteriores ao espalhar das actuais religiões monoteístas. Uma boa regra é que os Wiccans são Neo-Pagãos mas nem todos os Pagãos são Wiccans.
Os Wiccans pensam-se como uma religião da Natureza. Os seus rituais baseiam-se nas quatro estações; os seus símbolos na ligação da vida humana à Natureza. Contudo, penso que os verdadeiros adoradores da Natureza são as estátuas de Pompéia. São eles os que viram a vaga de lava levar os seus, os que foram sugados das suas casas e atirados ao céu do vulcão. São os enterrados nas rachas da terra, devorados por uma paisagem indiferente. Os wiccans cantam ao vento, ao ar, ao fogo e à terra mas caem de joelhos frente ao furacão? Adoram os tornados? Penso que se se tentam ligar às forças naturais criativas, não deviam ignorar as forças destrutivas da Natureza, pois são tão abençoadas e naturais como a lua cheia.
As bruxas da mitologia cristã eram conhecidas por terem sexo com Satanás e usar os seus poderes para fazer o mal. Sempre envolviam danças obscenas, banquetes com poções feitas em caldeirões. A poção era usada para magoar ou matar pessoas ou para mutilar o gado. (de Givry, p. 83) Os iniciados recebiam uma marca física, como uma garra debaixo do olho esquerdo. O Diabo era representado como um bode ou um sátiro ou uma besta mítica com chifres, garras, cauda e/ou asas: uma farsa de anjo, meio homem meio besta. Tais histórias foram contadas por séculos e eram aceitas pelos pios cristãos sem um traço de duvida quanto à sua veracidade. Tais histórias eram consideradas exatas.
Certo que havia perseguições dos que mantinham uma ligação com o passado pagão. Mas é difícil de acreditar que as descrições das bruxarias saiam das vitimas torturadas e mutiladas e não das mentes dos seus torturadores. Os poderes dos inquisidores eram tão grandes, as suas torturas tão variadas e sádicas, que as vitimas acreditavam que estavam realmente possessas. As crueldades duraram séculos.
Ninguém sabe quantas bruxas, heréticos ou feiticeiros foram torturados ou queimados pela Inquisição, mas o medo que criou afetou toda a Cristandade. Ser acusado de ser uma bruxa era igual a ser condenado. Negá-lo era provar a sua culpa: claro que uma bruxa dirá que não o é e que não acredita em bruxarias.

Pra provar eles jogavam a pessoa no rio; se ela afogasse, não era bruxa; se ela  nadasse confirmava que era   bruxa e cúmplice do Diabo. A Igreja criou um reino de terror cuja fúria e loucura se dirigia mais particularmente para as mulheres.
Uma bruxa nos sonhos representa forças femininas perigosas. Se você é homem e sonha com uma bruxa , pode apontar para as suas idéias negativas do feminino e suas experiências com mulheres sem coração.
Fazer bruxaria indica que alguém ou alguma coisa  está manipulando você e a seu ambiente.
Um mago sugere que você está tentando melhorar suas habilidades e exercitar seus poderes.
 salves.com.br

quarta-feira, 28 de maio de 2014

Malleus Maleficarum - O Martelo das Bruxas (Documentário)

Halloween – Origens e Lendas


Conheça detalhes e curiosidades sobre o Halloween, suas origens e lendas para se preparar para a data mais assustadora do ano!
Halloween - Origens e Lendas
“Um período de respeito, magia, espiritualidade e medo que ficou perdido no tempo, assim como as histórias e mitos que deram origem ao Halloween. ”
Uma vez por ano, durante a noite, as almas daqueles que morreram retornam com a intenção de possuir corpos vivos para habitarem pelos próximos 365 dias. Tal possibilidade poderia muito bem ser o enredo de um filme de terror, mas trata-se apenas de uma das lendas e costumes dos eventos que deram origem à comemoração de Halloween. Antes de ser uma festa voltada para o comércio e a diversão, o Dia das Bruxas era uma noite de magia, medo, crendices e superstições que foram fundamentais para a permanência da data, cerca de 2.500 anos depois.
Infelizmente a maioria das pessoas desconhece a origem do Halloween, vendo na ocasião apenas uma oportunidade para festas e brincadeiras. Não que tal aspecto de comemoração seja um ponto negativo, afinal, todas as grandes festividades e datas importantes, do Natal ao Carnaval, recaem hoje dentro deste significado. Porém, é importante saber um pouco sobre o que se comemora. No Brasil, a festividade começou a ganhar adeptos no final nos anos 80, quando começaram a ser organizadas festas, as primeiras através de cursos de inglês.
Halloween (2)
Para entender um pouco sobre a origem do Halloween, precisamos voltar no tempo e conhecer outros povos e regiões encontrados hoje apenas em registros de livros e crendices populares. É do século VI a. C. os primeiros relatos referentes ao povo celta, que, de acordo com a história, surgiu originalmente na região leste do país que é conhecido hoje como Alemanha. Foi através dos seis séculos que tiveram de existência, que os celtas se consolidaram como um importante povo e se expandiram por diversas regiões da Europa, em especial a Irlanda. Tratava-se de uma população voltada para a agricultura e atividades de artesanato, que vivia em aldeias simples localizadas nas florestas ou próximo de cavernas e grutas. Porém, também era uma civilização ligada aos mistérios da vida, da natureza e que desenvolveram várias crenças relacionadas ao mundo não físico dos espíritos.
Halloween (1)
Os celtas se dividiam em várias classes e uma destas, considerada especial, era formada pelos druidas, que representavam os herdeiros e guardiões das tradições religiosas, ou melhor, os sacerdotes e magos da comunidade. Os druidas eram estudiosos da astronomia e da medicina, além de possuírem dons proféticos e acreditarem que a alma era imortal e podia reencarnar várias vezes. A instituição do druidismo foi um poderoso fator de unidade do mundo celta e, por isso, combatida pelos romanos durante as conquistas. Os druidas acreditavam em vários deuses e realizavam cerimônias e rituais que incluíam sacrifícios, inclusive humanos, em homenagem a esses deuses.
A cultura celta era extremamente bem organizada e o seu calendário era dividido em quatro meio trimestres, que na verdade representavam as estações do ano e eram adequadas às épocas para colheitas. O dia 31 de outubro era uma destas datas de transição marcando o fim do ano céltico e o começo da entrada para o inverno, ou seja, anunciava uma época em que não haveria colheita e deveria ser de privações. Para os druidas, 31 de outubro era a noite em que Samhain, deus celta dos mortos e príncipe das trevas, voltava com os espíritos dos não vivos. Segundo a lenda, todos que morreram ao longo daquele ano regressavam à procura de corpos vivos para possuir e usar até a próxima noite de 31 de outubro.
A vigília de Samhain passou então a ser considerada pelo povo celta como um dia maldito e de azar, pois os vivos não queriam ser possuídos pelas almas que vagavam nesta noite. Fogueiras eram acesas nas colinas para afugentar tais espíritos, enquanto que as tochas dos vilarejos eram apagadas para que o local fosse considerado frio e sem vida pelas almas e estas não circulassem pelo lugar. Alguns grupos de moradores das aldeias utilizavam “fantasias” e máscaras a fim de assustar os espíritos que procuravam corpos para possuir.
Halloween (3)
Durante esta noite, os druidas realizavam cerimônias com objetivo de apaziguar as almas errantes para que elas seguissem em paz para uma outra esfera da consciência. Eles também acreditavam ter premonições e visões de coisas boas e ruins durante esta vigília, e utilizavam vários tipos de magia, inclusive através do fogo. Era na noite de Samhain que os druidas queimavam vivos os prisioneiros de guerra, criminosos e animais; enquanto observavam a posição dos corpos em chamas, eles diziam ter presságios e avisos.
Por ser considerada uma noite mística, os druidas acreditavam que outros seres da natureza, como bruxas, fadas e duendes também saiam de seus esconderijos no dia 31 de outubro para prejudicar os vivos. Mesmo com o fim da civilização celta, por motivos desconhecidos até hoje, no século I d.C., os habitantes locais permaneceram com várias de suas tradições, incluindo as celebrações e vigílias do dia31 de outubro.
Porém foi a Igreja Católica quem foi responsável pelo nome Halloween tão popular hoje em dia. Era então século VIII d. C., quando os cristãos já celebravam uma data importante para a sua religião, o Dia de Todos os Santos, que serve para homenagear as importantes entidades religiosas já falecidas da Igreja, que diferente da cultura celta, não acreditava em contato com o mundo espiritual ou reencarnação. Foi nesta época que o império romano estava dominando várias regiões e impondo oCristianismo como religião obrigatória. E para a Igreja Católica, a única maneira de manter os pagãos nas missas, era permitindo a prática de algumas tradições e costumes originais destes povos dominados.
All Hallows Eve!
All Hallows Eve
Foi no ano de 835 d. C., que o papa Gregório III, permitiu que os territórios recém ocupados pela Igreja, como a Irlanda, combinassem o antigo ritual de Samhain com as tradições cristãs, sendo a partir desta data que o Dia de Todos os Santos, que era celebrado no mês de maio, fosse transferido para 1 de novembro. E do inglês antigo “Hallowed“, que significa “All Hallows Eve“, em bom português “Noite de Todos os Santos“, surgiu o termo Halloween. Em 1840, os primeiros imigrantes irlandeses, em busca de prosperidade, foram viver nos Estados Unidos, Canadá e outros países e junto com eles, levaram seus costumes.
Fica uma dúvida? Por que então existe uma forte referência no Halloween às bruxas, uma vez que a tradução literal da palavra não tem alusão qualquer a bruxaria? Tal explicação real é desconhecida para esta dúvida. Sabe-se que os antigos druidas acreditavam em bruxas e julgavam que na noite do dia 31 elas saiam de seus esconderijos fortalecidas pelo espírito de Samhain. Também de acordo com lendas celtas, as bruxas se reuniam duas vezes ao ano, nos dias 30 de abril e 31 de outubro. Porém, tudo não passa de especulações e lendas.
Com a chegada do século XX, os festejos de Halloween já possuíam identidade como os que conhecemos hoje, quando as crianças saem às ruas usando fantasias de bruxas e monstros e visitando as casas vizinhas para recolher doces e outras guloseimas. Os adultos também comemoram a data em festas a fantasia com música e bebida.
No cinema existem diversos filmes, dos mais variados gêneros que abordam o tema do Halloween, porém, a grande maioria, independente de terem resultados bons ou ruins, passa longe de qualquer explicação mais profunda sobre o tema. Claro que nos próximos dias 31 de outubro, a maioria das pessoas vai e deve comemorar o Halloween da atual forma como conhecem, com festas, músicas e brincadeiras, porém é importante saber que, séculos atrás, um povo que não mais existe, via nessa noite um momento especial do ano. Um período de respeito, magia, espiritualidade e medo que ficou perdido no tempo, assim como as histórias e mitos que deram origem ao Halloween.
Curiosidades:
- Um fato interessante é que foi na própria cultura celta que surgiu um dos jargões mais famosos doHalloween da atualidade. O “Trick or Treat“, em português “gostosuras ou travessuras“. Para o povo celta, os espíritos malignos eram apaziguados quando se deixava comida para eles. Com o passar do tempo, os mendigos começaram a pedir alimentos em troca de orações para pessoas mortas. Após o fim da civilização céltica, através de uma lenda irlandesa, a frase teria ficado marcada graças a um homem que conduzia uma procissão que tinha como objetivo arrecadar oferendas de agricultores para que as colheitas não fossem devastadas por demônios. O tal homem ameaçava então os plantadores para que eles dessem comida, caso contrário, sofreriam com a travessura das almas maléficas em suas plantações.
Halloween (6)
- As tradicionais cores utilizadas nas decorações e fantasias hoje no Halloween, laranja, roxo e preto, também têm origem celta. A primeira era considerada de grande vitalidade e energia. Durante a noite de Samhain, os espíritos se aproximavam dos vivos, em especial dos que utilizassem roupas com o laranja, para sugar a energia encontrada na cor. O preto era utilizado em cerimônias religiosas por ser considerado cor de mestres enquanto o roxo representava a magia ritualística.
Jack-O Lantern
Jack-O Lantern
- Várias das tradições trazidas pelos imigrantes irlandeses foram mantidas, porém seria normal que com o passar do tempo acontecessem mudanças de alguns aspectos da celebração. Umas destas principais adaptações aconteceu com um dos símbolos máximos do Halloween, as lanternas feitas em abóboras, conhecidas como Jack-O-Lanterns. De acordo com uma lenda irlandesa, um homem chamado Jack encontrou com o diabo no dia 31 de outubro, mas conseguiu enganá-lo evitando a morte. Porém, um ano depois, na mesma data, Jack faleceu e foi proibido de entrar no céu por ser um homem grosso e avarento. Sem alternativa, foi para o inferno, porém o diabo não permitiu que ele ficasse ali. Com pena da alma penada, o diabo joga uma brasa para que esta vague eternamente pelo limbo. Para que ela não se apagasse, Jack a colocou dentro de um nabo. Quando a tradição chegou à América, as lanternas de Halloween começaram a serem feitas em abóboras, por serem maiores e mais abundantes. De acordo com a lenda, é possível ver nas áreas rurais irlandesas uma luzinha fraca na noite de Halloween por entre as árvores. Trata-se de Jack procurando por um lar.bocadoinferno.com.br

Linda a definição de Bruxa



É gente muito estranha as Bruxas. 
Gente de coração desarmado, sem ódio e preconceitos baratos. 
Gente que fala com plantas e bichos. 
Dança na chuva e alegra-se com o sol. 
Cultuam a Lua como Deusa e lhe faz celebrações...
Eh!!Gente muito estranha essas Bruxas. 
Falam de amor com os olhos iluminados como par de lua cheia. 
Gente que erra e reconhece, cai e se levanta, com a mesma energia das grandes marés, que vão e voltam em uma harmoniosa cadência natural. 
Apanha e assimila os golpes, tirando lições dos erros e fazendo redentores suas
lágrimas e sofrimentos. 
Amam como missão sagrada e distribuem amor com a mesma serenidade que distribuem pão. 
Coragem é sinônimo de vida, seguem em busca dos seus sonhos, independente das agruras do caminho. 

tarologamargaridafernandes.com
Essa gente, vê o passado como referencial , o presente como luz e o futuro como meta. 
São estranhas as Bruxas!
Acreditam no poder do feminino, estão sempre fazendo da maternidade a sua maior magia e através da incessante luta pela paz