terça-feira, 20 de janeiro de 2015
terça-feira, 13 de janeiro de 2015
Varinha das Varinhas
"Uma varinha digna de um bruxo que derrotara a Morte", foi o que disse Antíoco Peverell. le foi o primeiro dono da Varinha das Varinhas, um poderoso objeto criado pela Morte e conhecido por muitos como uma das Relíquias da Morte. A designação não poderia ser mais condizente a sua extrema capacidade. Ela era uma varinha com características fora do comum: inquebrável e invencível. Seu proprietário poderia ser fraco e impotente, porém estar com a varinha lhe garantia a vitória sempre. Assim como toda Relíquia, a Varinha das Varinhas passou por diversos proprietários durante a história. Então é realmente difícil calcular precisamente quantas gerações bruxas tiverem contato com os presentes da Morte.
A Varinha das Varinhas possui uma forma peculiar de transferência de posse. Diferente da capa ou da pedra, a varinha tem seus efeitos anulados se passada de forma casual. É necessário subjugar e vencer o portador da Varinha das Varinhas para ganhar lealdade do objeto e, assim, se tornar o seu verdadeiro dono. Como todas as varinhas, a Varinha das Varinhas não poderia deixar de possui um núcleo. Esta singular varinha apresenta pêlo de rabo de Testrálio, uma poderosa substância. A técnica de inserção deste núcleo é creditada apenas aos grandes bruxos capazes de enfrentar a morte. Segundo comentário de Alvo Dumbledore no clássico infantil dos Contos de Beedle: "Nenhuma bruxa jamais afirmou ter sido dona da Varinha das Varinhas". Origem
A primeira menção desta varinha está presente nas páginas d'O Conto dos Três Irmãos, escrito por Beedle, o Bardo. Conta-se que ela foi fabricada pela Morte em pessoa, atendendo o pedido de Antíoco, que desejava uma varinha capaz de lhe transformar no maior duelista. A varinha foi moldada a partir do galho de um vetusto sabugueiro, que Ela buscara na margem do rio. Mais informações...
História passada O nome Varinha das Varinhas ganhou diversos nomes através dos séculos, sendo conhecida também como Varinha do Destino e Varinha da Morte. Essa mudança sempre ocorreu quando bruxos das Trevas se apoderavam delas e saiam se gabando de possuí-las. Na realidade, poucas foram a tal varinha de que Antíoco desejou. Como dito, não se sabe ao certo a ordem de pessoas donas da varinha, mas segundo o "pesquisador" da área Xenofílio Lovegood alguns nomes são facilmente lembrados na manchada memória da história bruxa: Emerico, o Mal = Egberto, o Egrégio = () Godelot =¹ Hereward = (?) ¹ assassinado por seu filho na adega de casa
Barnabás Deverill = Loxias =² (?) Arco / Lívio = (?) ² os rastros da derrota de Loxias circundam Arco e Lívio (sem informações adicionais) História atual - séc. XX
No início do século XX a varinha se encontrava em posse de Gregorovitch, o artesão da varinha de Vítor Krum, sendo roubada mais tarde pelo jovem e loiro Grindelwald, entretanto na ocasião Gregorovitch não soube que foi ele. Porém como de costume aos donos da varinha, ele usou-a para propósitos destrutivos. Como Grindelwald ganhou poder, Dumbledore percebeu que era o único que poderia detê-lo. E em 1945 Dumbledore o desafiou para um duelo e o derrotou. Grindelwald foi preso pelo resto da vida em Nurmengard e Dumbledore acabou sendo premiado e muito conhecido por sua façanha. A varinha trocava novamente de dono. Ela seria a varinha do grande diretor de Hogwarts até sua morte em 1997. A beira da morte, Dumbledore quis que Severo Snape se tornasse o dono da varinha. Porém a falha no plano ocorreu porque a morte havia sido pré-programada. Snape não o tinha derrotado verdadeiramente. Ao invés disso o mestre legítimo da varinha se tornou o bruxo que desarmara Dumbledore antes da sua morte: Draco Malfoy. Quando Harry roubou a varinha de Malfoy durante um confronto na Mansão Malfoy, ele virou o senhor dela, entretanto nem ele nem Malfoy já haviam tocado ou usado ela.
A própria vara foi enterrada com Dumbledore e roubado do seu túmulo por Voldemort. (?) = Gregorovitch = Grindelwald = Dumbledore = Draco Malfoy = (?) História recente
Depois de dois momentos ímpares entre as varinhas de Voldemort e Harry; no cemitério de Godric's Hollow e na operação dos sete potters, o Lorde das Trevas estava em busca de uma nova varinha que não fosse afetada pelos laços que elas misteriosamente mantinham. Então, ele desejava a Varinha das Varinhas. A exemplo de alguns eventos passados, como as Horcruxes, Voldemort saiu obcecado pelas histórias da varinha invencível. Ele foi atrás dos dois maiores artesões de varinhas da Europa: primeiro capturou e torturou o sr. Olivaras no qual descobriu sobre os núcleos gêmeos entre as varinhas dele e de Harry. Além dessa informação, Voldemort dezutilizou Olivaras quando lhe dera a informação de que Gregorovitch poderia ter relação com a Varinha das Varinhas. Voldemort viajou até o Leste Europeu, mas não encontrou a tal varinha em posse de Gregorovitch, matando-o em seguida. Porém as pistas se encurtavam cada vez mais. E ele foi à Nurmengard "falar" com Grindelwald, o possível ladrão que roubou a varinha de Gregorovitch. Ele novamente não encontrou a resposta que gostaria de ouvir. E em seguida matou Grindelwald, que num último instante ainda mostrava uma certa resistência contra os ataques do Lorde. Depois do encontro com Grindelwald, Voldemort tinha certeza de que Dumbledore foi o último dono da varinha. E se dirigiu à Hogwarts. Ele violou o túmulo e roubou a Varinha das Varinhas de Dumbledore. Para a infelicidade de Voldemort, os poderes extraordinários da varinha não se revelaram como previa; ele concluiu assim que Severo Snape deveria ter sido o último senhor da varinha, pelo motivo de que o professor de Poções tinha matado o ex-diretor. Voldemort matou Snape, e ficou crente que desta vez, ele exercia domínio pleno sobre ela. Porém, Voldemort não sabia que Draco havia desarmado Dumbledore; nem soube que Harry Potter por conseguinte havia tirado a varinha de Draco Malfoy, fazendo de Harry o último dono da Varinha das Varinhas. Quando Harry e Voldemort estavam cara-a-cara no duelo final, Harry usou o feitiço Expelliarmus contra a Maldição da Morte, desarmando a Varinha das Varinhas, que recusando o ataque do seu senhor, ricocheteou em Voldemort, promovendo sua derradeira morte.
Observação: Para alguns casos, o assassinato não é o único meio para a transferência de posse. Como ocorreu com Draco e Harry, quando eles desarmaram o oponente, "vencendo" e registrando a sua legítima posse. Esta regra é muito similar a regra universal das varinhas, quando a varinha conquistada tem sua lealdade trocada. Baseado em um complicado sistema, a Varinha das Varinhas tem presumivelmente em seu precioso núcleo, uma espécie de histórico em que não importa portar o objeto em si, mas carregar a verdadeira posse até com uma varinha comum, mesmo sem saber. (?) = Gregorovitch = Grindelwald = Dumbledore = Draco Malfoy = Harry Potter = . Encanto rompido Harry só usou a Varinha das Varinhas para um feitiço - Reparo - quando ele concertou a sua varinha, quebrada no incidente recente em Godric's Hollow. Além disso Harry recolocou-a no túmulo de Dumbledore, deixando claro que pretende morrer naturalmente e que ninguém mais se apodere da varinha, o que faria os seus efeitos esvaziarem.wiki.potterish.com Em inglês: Elder Wand Livros: RdM (p. 317, 318, 387, 388, 582), CdB

MORGANA
Mitologia Celta
Morgana representa na lenda arturiana, a figura de uma deusa Tríplice da morte, da ressurreição e do nascimento, incorporando uma jovem e bela donzela, uma vigorosa mãe criadora ou uma bruxa portadora da morte. Sua comunidade consta de um total de nove sacerdotisas (Gliten, Tyrone, Mazoe, Glitonea, Cliten, Thitis, Thetis, Moronoe e Morgana) que, nos tempos romanos, habitavam uma ilha diante das costas da Bretanha. As nove donzelas que, no submundo galês, vigiam o caldeirão que o Rei Artur procura, como pressagiando a procura do Santo Graal. Morgana faz seu debut literário no poema de Godofredo de Monntouth intitulado "Vita Merlini", como feiticeira benigna. Mas sob a pressão religiosa, os autores a convertem em uma irmã bastarda do rei, ambígua, frequentemente maliciosa, tutelada por Merlim, perturbadora e fonte de problemas. Morgaine Le Fay ou Morgana Le Fay, sendo conhecida na Grã-Bretanha como Morgana das Fadas, dentre outros nomes, aparece nas histórias do Rei Artur. O nome Morgaine tem origem celta e quer dizer mulher que veio do mar. Pode-se escrever Morgaine ou Morgana.
Morgana também é muito conhecida na Itália por um fenômeno chamado Fata Morgana, traduzindo Fada Morgana. As lendas baseadas nos contos do Rei Arthur acreditam que Morgana foi uma sacerdotisa da Ilha de Avalon, na Bretanha. Em outras versões, foi meia-irmã de Artur, uma feiticeira maligna que queria de todas as formas retirar sua poderosa espada Excalibur. É filha de Igraine e Gorlois, Duque da Cornualha.
Morgana é treinada por sua tia Viviane na Ilha de Avalon para se tornar a “Senhora do Lago” ou como também é chamada “Dama do Lago” ou “Senhora de Avalon”. Morgana teve um filho de Arthur depois de um ritual sagrado (Beltane). Essa criança se chamava Gwydion, que após ir para a corte de Arthur toma o nome de Mordred. Mais tarde este seria um dos inimigos de Arthur. Mordred depois de ter ferido seu próprio pai em uma luta para tomar o trono acaba morto. Morgana vendo seu irmão morrer e escutando seu pedido o leva para Avalon, onde o tempo transcorre de forma diferente do mundo dos humanos. Alí Arthur lança Excalibur no lago e morre. Morgana leva seu corpo para ser enterrado em Avalon (em algumas histórias, o Rei Arthur, ferido em combate, é levado pela Dama do Lago a uma Avalon mística do além, paralela a real, onde Artur permanece retirado do mundo e para sempre imortal. Em algumas versões da lenda, ele não resiste à viagem e morre tendo sido enterrado então em Avalon, em outras, ele estaria só dormindo, esperando pra voltar num futuro próximo, pois a ilha seria um refúgio de espíritos, o que permitira a ele permanecer vivo por artes mágicas). Depois a Ilha de Avalon se desliga quase por completo do mundo. E a Bretanha cai numa era negra nas mãos dos saxões. RITUAL DE BELTANE Beltane, Beltain ou Bealtaine é um festival Celta, ainda comemorada nos dias atuais, reconhecido nas comemorações da Festa da Primavera, mas que originalmente marcava o verão. O Beltane é o mais alegre dos Festivais Celtas, onde os participantes dançam, e se alegram nas voltas da fogueira. É um festival da fertilidade, simbolizando a união entre as energias masculina e feminina, a fertilidade da Terra e os fogos do Deus Celta Bellenos, e toda sua energia e luz. Durante o Festival, eram acesas fogueiras nos topos dos montes e lugares considerados sagrados, sendo um ritual importante nas terras Celtas. E como tradição, as pessoas queimavam oferendas como, por exemplo, totens ou animais para que o poder do fogo fosse passado ao rebanho e, pulavam as fogueiras para que se enchessem das mesmas energias poderosas. Representa o início do Verão e marca a morte do Inverno, sendo comemorado com danças e banquetes. Ocorre em 1º de maio no Hemisfério Norte e 1º de novembro no Hemisfério Sul. Na obra " As Brumas de Avalon" de Marion Zimmer Bradley,é relatada a festividade, mas deve se lembrar que em épocas remotas a sexualidade dispunha de um lugar de destaque e nada pudorado, pois como mencionam-se em muitos textos, é a celebração da Fertilidade. A Fertilidade nesta celebração consta como o desabrochar da Primavera, com o abrir das flores, as sementes e a vida da prole considerada no Reino Animal. Uma Festa que deve ser regada de muita alegria, com danças, coroa de flores e um banquete que valoriza os alimentos da época e principalmente a fogueira, ou algo representando o fogo. Para que possamos deixar que este elemento livre-nos das doenças e que reinicie a vida, na forma primordial, simples e pura. Muitos grupos que seguem a espiritualidade céltica ainda celebram este Festival, assim como outros.wikipédia
quarta-feira, 7 de janeiro de 2015
As Bruxas de Salém: Uma trágica brincadeira.




As Bruxas ardiam mais na Idade Moderna que na Idade Média
Apesar dos casos de caça às bruxas, e condenações à fogueira de supostos comparsas do demónio e praticantes de magia, ter ocorrido já durante a Idade Média, foi no início da Idade Moderna (do renascimento à revolução industrial) que o fenómeno cresceu e atingiu o culminar. Curiosamente, ou talvez não, os fenómenos de caça às bruxas em massa iniciaram-se na Europa do século XV (por decreto papal, e não só), mas depois de um período de acalmia, atingiu o culminar das perseguições no início do século XVII, coincidindo esse facto com os picos de tensão provocados pelas guerras da religião. Essa paranóia agudizava-se quando a Europa caia no rigorosíssimo religioso reformista e contrarreformista (opondo protestante e católicos). No entanto, as tensões eram muito mais que religiosas, eram também económicas e sociais. Aliás, foram, para além do preconceito e medo do desconhecido, razões materialistas e sociais que sustentavam grande parte da perseguição à bruxaria (especialmente a feminina).
As pessoas processadas por bruxaria foram maioritariamente mulheres, seguindo o estereótipo de velha camponesa que vivia num local isolado. Mas esse estado de situação foi comum durante o período das guerras da religiosas (nomeadamente na Guerra dos 30 anos) que assolaram a Europa do século XVII, com muitas mulheres a viver sozinhas e abandonadas depois dos maridos terem sido mortos em combate. Fazendo uma leitura da época, podem encontrar-se, tal como já referi, razões socioeconómicas para a marginalização e perseguição dessas mulheres. Muitas delas tinham então de viver de esmolas e da caridade alheia, o que as obrigava também a comportamentos mais agressivos e marginalizantes. Logo, eram consideradas um peso para a sociedade de então, nem que fosse inconscientemente. Segundo, havia também as razões políticas, com vários casos registados de denúncias entre opositores políticos, que atacavam os inimigos acusando suas mulheres de bruxaria, tentando assim denegrir-lhes a imagem e prestígio público. Por fim, existiam também as razões económicas, especialmente quando essas mulheres dispunham de heranças consideráveis. Em certos casos registados foram os familiares dessas mulheres a mover as acusações de bruxaria, garantido assim o acesso fácil à herança. Por exemplo, na Nova Inglaterra, 90% das mulheres acusadas de bruxaria não tinham descendentes varões. Sobre a caça às bruxas, independentemente das motivações religiosas, pode dizer-se que: foi, especialmente, uma perseguição para com as mulheres, e um sinal de uma sociedade intolerante, impreparada para lidar com os dramas sociais e até algo interesseira. Quanto teremos mudado? Terão desaparecido as bruxas e o modo de caça intolerante? abuscapelasabedoria.
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O gato e o escrivão
As bruxas existem

A Crença das Bruxas
Acho difícil dizer exatamente no que crêem as bruxa de nossos dias. Conheço uma que vai à Igreja de vez em quando, embora seja apenas uma conformista ocasional. Acredita firmemente em reencarnação, assim como muitos cristãos. Não sei como ela ou eles reconciliam isso com os ensinamentos da Igreja. Mas, para começar, a crença em muitos paraísos diferentes, cada um com seu deus diferente, não é incomum. O deus do culto é o deus do próximo mundo, da morte e da ressurreição, ou da reencarnação, o consolador, o confortador. Após a vida, você vai alegremente a seu reino para o descanso e o alívio, tornando-se jovem e forte, esperando a época de renascer na terra de novo, e você pede a ele que mande de volta os espíritos de seus mortos queridos para que se regozijem com você em suas festas. Torna-se claro que elas acreditam em algo desse tipo, por causa do mito da deusa que forma a parte central de um de seus rituais. É um tipo de espiritualismo primitivo. Bruxas não têm livros de teologia, então para mim é difícil descobrir em que elas realmente acreditam. Com todos os milhares de livros escritos sobre a cristandade, ainda acho difícil definir as crenças cristãs. Transubstanciação, por exemplo. Por outro lado, é fácil fornecer a idéia central ou mito, que em minha opinião pode-se definir como uma história que afeta as ações das pessoas. Estritamente falando, nesse sentido o mito da cristandade está na crucifixão e na ressurreição, e poucos cristãos discordam disso. O mito da bruxaria parece ser a história da deusa aqui citada. Estou proibido de fornecer seu nome, então vou chamá-la G. G. nunca amou, mas ela resolve todos os mistérios, mesmo o mistério da Morte, e assim ela viajou às terras baixas. Os guardiões dos portais a desafiaram. "Despe teus trajes, tira tuas jóias, pois nada disso podes trazer contigo em nossa terra. "Assim, ela pôs de lado seus trajes e suas jóias e foi amarrada como o eram todos os que entravam nos reinos da Morte, a poderosa.
Tal era a sua beleza que a própria Morte se ajoelhou e beijou seus pés, dizendo: ''Abençoados sejam esses pés que te trouxeram por estes caminhos. Permanece comigo, mas deixa-me pôr minha mão fria sobre teu coração ". E ela respondeu: "Eu não te amo. Por que fazes com que todas as coisas que eu amo e que me alegram se apaguem e morram? " "Dama, " respondeu a Morte, "isto é a idade e o destino, contra os quais não sou de nenhuma ajuda. A idade faz com que todas as coisas feneçam; mas, quando o homem morre ao fim de seu tempo, eu lhe dou descanso e paz e força para que ele possa retornar. Mas tu és adorável. Não retornes; permanece comigo. " Mas ela respondeu: "Eu não te amo ". Então a Morte disse: "Como não recebes minha mão em teu coração, receberás o açoite da Morte". "Esse é o destino, que seja cumprido, " disse ela, ajoelhando-se. A Morte açoitou-a e ela gritou: "Conheço os sofrimentos do amor ". E a Morte disse: "Abençoada sejas " e lhe deu o beijo quíntuplo, dizendo: "Que possas atingir a felicidade e o conhecimento".
E ela lhe contou todos os mistérios e eles se amaram e se tornaram um; e ela lhe ensinou todas as magias. Por isso, há três grandes eventos na vida do homem - amor, morte e ressurreição no novo corpo - e a magia os controla a todos. Para realizar o amor, você deve retornar na mesma época e lugar que os entes amados e deve lembrar-se e amá-lo ou amá-la novamente. Mas, para renascer, você deve morrer e ficar pronto para um novo corpo; para morrer, você deve ter nascido; sem amor você não pode nascer e eis toda a magia. Esse mito sobre os quais os membros baseiam suas ações é a idéia central do culto. Talvez seja trabalhoso explicar idéias e rituais já concebidos e explicar por que o deus mais sábio, mais velho e poderoso deveria dar seu poder à deusa por intermédio da magia. Havia um costume céltico de amarrar cadáveres; a corda com a qual um deles fora amarrado era de grande valia na obtenção da segunda visão. Mas no Mundo Antigo parece ter sido difundida a idéia de que uma pessoa viva deve ser amarrada para chegar à presença dos Senhores da Morte. Tácito, em Germânia XXIX, fala de bosques sagrados onde homens se juntam para obter augúrios ancestrais, para entrar nesses domínios sagrado dos Senhores da Morte. "Todos são atados com correntes para mostrar que estão em poder da Divindade e, se lhes acontecesse cair, não tinham ajuda para levantar. Deitados como estão, devem rolar pelo caminho da melhor forma possível. " Isso mostra que eles eram amarrados bem forte, de forma que não podiam erguer-se; logo, é claro que não era uma amarração "simbólica".
Luciano, em sua obra Vera Historia, que, embora seja um romance, trata de crenças populares, fala de pessoas vivas desembarcando na Ilha dos Abençoados, sendo instantaneamente atados com correntes e levados à presença do Rei dos Mortos. A idéia de pessoas vivas, ou recém-mortos, sendo amarrados com correntes logo que chegam à terra dos mortos pode ser, em minha opinião, a origem da idéia de fantasmas arrastando correntes; mesmo no Limbo eles permaneceriam amarrados. apenas a história de Ishtar descendo aos infernos, mas o ponto principal da história é outro. Pode-se dizer também que é simplesmente Shiva, o deus da Morte e da Ressurreição; mas novamente a história é diferente. É bastante possível que as histórias de Ishtar e Shiva tenham influenciado o mito, mas acho que sua origem é mais provavelmente céltica. Nas lendas célticas, os Senhores do Submundo preparavam a pessoa para o renascimento; dizia-se que muitos vivos haviam entrado em suas regiões, formado alianças com eles e retornado em segurança, mas era preciso grande coragem; apenas um herói ou um semideus se arriscaria desse modo. Os mistérios célticos certamente continham rituais de morte e ressurreição e possivelmente visitas ao submundo com um retorno em segurança. Acho que o purgatório de São Patrício em Lough Derg é uma versão cristianizada dessa lenda. O homem primitivo temia a idéia de renascer em outra tribo, entre estranhos, de forma que rezava e realizava ritos para se assegurar de que nasceria novamente na mesma época e no mesmo lugar que seus amados, que o conheceriam e o amariam em sua nova vida. A deusa do culto das bruxas é obviamente a Grande Mãe, a que dá a vida, o amor encarnado. Ela comanda a primavera, o prazer, a festa e todos os deleites. Mais tarde, ela foi identificada com outras deusas e tinha uma especial afinidade com a lua. Antes de uma iniciação, lê-se uma declaração que começa assim: Ouça as palavras da Grande Mãe, que antigamente foi chamada pelos homens de Artemis, Astartéia, Diana, Melusina, Afrodite e muitos outros nomes. Em meus altares a juventude da Lacedemônia fez o devido sacrifício. Uma vez por mês, de preferência quando a lua está cheia, encontrem-se em algum lugar secreto e me adorem. Pois sou a rainha de todas as magias... Pois sou uma deusa graciosa, dou alegria à terra, certamente, não a fé, durante a vida; e após a morte, a paz inexprimível, o descanso e o êxtase da deusa. Nada peço em sacrifício... Essa declaração vem, eu acho, da época em que romanos ou estrangeiros chegaram; isso explicaria o que nem todos sabiam em épocas passadas e identifica a deusa com deusas de outras terras. Imagino que uma declaração similar era uma característica nos antigos mistérios. Estou proibido de revelar algo mais; mas, se você aceitar a regra dela, tem a promessa de vários benefícios e é admitido no círculo, apresentado à Morte Poderosa e aos membros do culto. Há também um pequeno "susto", uma "prova" e um "juramento"; mostram-lhe algumas coisas e lhe dão alguma instrução. Tudo é muito simples e direto. Entre as declarações mais comuns contra as bruxas está a de que elas repudiam ou negam a religião cristã. Tudo o que posso dizer é que eu e meus amigos jamais ouvimos algo sobre tais negações e repúdios. Minha opinião é de que em tempos primitivos todos pertenciam à velha crença e adoravam regularmente os antigos deuses antes de serem iniciados. Para as pessoas como os romanos e romano-bretões, eles estariam apenas adorando seus próprios deuses, identificados com os célticos; logo, nada haveria para ser repudiado. Possivelmente, durante a perseguição, se pessoas desconhecidas apareciam em um encontro religioso, seriam questionadas para se descobrir se eram espiões; provavelmente lhes pediam para negar o cristianismo, como uma espécie de teste. Eles nunca iniciariam alguém, não o trariam ao círculo, a menos que soubessem com certeza que era pertencente à velha crença. Quando a perseguição aumentou, o culto escondeu-se e praticamente só as crianças nascidas e criadas no culto eram iniciadas. Acredito que algumas vezes, quando alguém que não fosse do sangue desejasse ingressar, ele era questionado; mas daria na mesma pedir ao postulante médio que negasse o cristianismo ou que negasse uma crença em Fidlers Green, sobre o qual os velhos marinheiros costumavam falar: o paraíso para onde os velhos marinheiros iam, que ficava bem longe do Inferno. Logo, penso que, embora houvesse casos de pessoas que negavam o cristianismo, estas foram bem poucas. Dizer que isso é "provado" porque muitas bruxas foram torturadas para admitir que repudiavam o cristianismo é a mesma coisa que dizer que tal testemunho prova que elas voavam em vassouras. Meu grande problema para descobrir quais foram suas crenças reside no fato de elas terem esquecido praticamente tudo sobre seu deus; tudo o que posso saber é por meio dos ritos e orações dirigidos a ele. As bruxas não conhecem a origem de seu culto. Minha própria teoria é, como já disse, que é um culto da Idade da Pedra, dos tempos matriarcais, quando a mulher era líder; mais tarde, o deus homem se tornou dominante, mas o culto das mulheres, por causa de seus segredos mágicos, continuou como uma ordem distinta. O grande sacerdote do deus homem às vezes compareceria aos encontros delas e os lideraria; quando estivesse ausente, a grande sacerdotisa era sua representante.
Deve-se notar também que há certos ritos em que um homem deve liderar, mas, se um homem do grau requisitado não está disponível, uma sacerdotisa chefe veste uma espada e é vista como um homem para a ocasião. Mas embora a mulher possa ocasionalmente tomar o lugar do homem, o homem nunca pode tomar o lugar da mulher. Isso deve vir da época da associação das Druidesas, que os romanos tratavam de bruxas. Se eram druidesas verdadeiras, eu não sei. Essa parece ter sido uma organização religiosa separada, possivelmente sob o comando do druida líder, da mesma forma que havia um sacerdote ou alguém que num encontro de bruxas era reconhecido chefe. Ele era chamado "o Diabo" na época medieval.mortesubita.org


sábado, 3 de janeiro de 2015
AS FERRAMENTAS DE TRABALHO DE UMA BRUXA...







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