Halloween: O Dia das Bruxas
terça-feira, 23 de outubro de 2018
sábado, 8 de setembro de 2018
AS 5 BRUXAS MAIS FAMOSAS DA HISTÓRIA
Na idade média, eram chamadas de bruxas as mulheres consideradas suspeita de envolvimento com feitiçaria e coisas do ocultismo. Elas eram julgadas e condenadas por seus atos, quase sempre sendo queimadas vivas para pagar por seus pecados.
O tempo passou e a humanidade foi ficando mais esclarecida. Hoje, as bruxas fazem parte da cultura pop e servem de inspiração para o cinema. Quem nunca ouviu falar da bruxa de Blair?
Pois bem, iremos deixar a ficção de lado e falaremos sobre algumas mulheres que ao logo da história foram consideradas feiticeiras.
Conheça 5 das bruxas mais famosas da história:
1 – Maggie Wall
Na Escócia há um monumento de pedra de seis metros de altura com uma cruz no topo. Nele está escrito: “Maggie Wall queimada aqui. 1657 como uma bruxa”.
Mas o mais estranho é o fato de não haver nenhum registro de seu julgamento ou que comprove que Maggie Wall existiu. Ainda assim, ela é considerada uma das bruxas mais famosas da historia.
Há quem acredite que o monumento e seus dizeres são dedicados às bruxas escocesas que foram acusadas e queimadas na fogueira. Mas é claro, há também aqueles que acreditam que a história dessa bruxa é verdadeira.
Teria ela sido uma sábia curandeira que usava ervas e especiarias como remédios naturais, o que pode ter sido visto com maus olhos na época. Dizem que seu monumento é mais visitado do que o túmulo de Elvis Presley. Muitos dos visitantes gravam mensagens no monumento e deixam ofertas para Maggie Wall.
2 – Catherine Deshayes
Catherine Deshayes foi uma feiticeira francesa que ficou conhecida pelo nome de La Voisin. Seus hábitos de criar poções e venenos, além de fazer abortos e ser uma esposa promíscua, contribuíram para que ela fosse condenada por envenenamento e feitiçaria.
Muitas mulheres de Paris a procuravam por causa de suas poções do amor, o que fez com que ela ficasse muito rica. Mas, La Voisin eventualmente foi pega em um escândalo conjugal e as pessoas começaram a pensar que as poções que ela fazia estavam envenenando essas mulheres.
A maioria dessas mulheres era rica e poderosa, e o depoimento de La Voisin no tribunal não conseguiu convencer o juri. De modo que ela foi condenada por envenenamento e feitiçaria, sendo queimada em público no centro de Paris em 1680.
3 – Merga Bien
Das 200 pessoas envolvidas nos Julgamentos das bruxas de Fulda (1603-1606) na Alemanha, Merga Bien é o caso mais popular. Ela estava entre as primeiras a serem julgadas, tendo sido acusada do simples fato de estar grávida!
Merga foi casada com seu terceiro marido por 14 anos e nunca tinha tido um filho antes. Então, acreditava-se que o feto que crescia dentro dela pertencia ao Diabo! Mesmo grávida, ela foi torturada e obrigada a confessar ter matado seu ex-marido e ter relações sexuais com Satanás.
Isso era tudo o que o príncipe Abbot Balthasar von Dernbach precisava ouvir depois que ele começou uma maciça caça às bruxas. Assim, Merga foi queimada na fogueira naquele primeiro ano da caça.
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BRUXAS DE SALÉM
BRUXAS DE SALÉM
QUANDO A IGNORÂNCIA TRIUNFA

Sarah Good no banco dos réus:
foi enforcada.
(Museu de Salém)
SALÉM, 1692
Depois de Tituba, as três primeiras pessoas a serem acusadas pelas meninas foram Bridget Bishop e Sarah Good, duas mulheres meio mendigas da comunidade, e Sarah Osborne, que, simplesmente pelo fato de quase não freqüentar a igreja, era considerada uma mulher de vida dissoluta.
Foi instaurado um tribunal na cidade para julgar os casos de bruxaria, e o governador de Massachusetts mandou um representante - que também era puritano -, para comandar o tribunal.
As meninas acusavam sistematicamente, e em determinado momento 150 pessoas abarrotavam a prisão esperando sua vez de depor, enquanto outras eram torturadas e executadas na forca. Doze pessoas foram executadas, dezenas de outras torturadas. A histeria tomou conta do lugar, e mesmo pessoas influentes começaram a ser acusadas, e nem mesmo os animais foram poupados da acusação de bruxaria: dois cachorros foram enforcados!
Por mais paradoxal que pareça, se a pessoa confessasse que realmente tinha parte com o demônio, escapava das punições, pois se acreditava que a confissão quebrava o pacto com o diabo, minando-lhe a força de atuação. Mas a vergonha de confessar isso, de ficar marcado frente à comunidade, levou muitas pessoas a preferir os mais hediondos métodos de tortura, como a colocação gradual de pedras sobre o corpo do acusado, que, se não confessasse, morria esmagado. Com os que morreram sob tortura, as vítimas chegaram a 20.

Rebecca Nursey,
72 anos, foi torturada
e acorrentada
pelo pescoço
(Museu de Salém)
Ciúmes, rixas, invejas, cobiça, intriga, tudo foi levado para o tribunal como se fosse bruxaria. Perdeu-se qualquer consideração pelas pessoas: Rebecca Nursey, uma senhora de 72 anos, mãe de 11 filhos e 26 netos, caridosa e religiosa, foi sumariamente enforcada simplesmente porque o tribunal apresentou nos autos “provas concretas” contra ela.
O terror pairava sobre a comunidade, os órfãos vagavam famintos pela cidade, e a normalidade só voltou a Salém quando a própria mulher do governador foi acusada de bruxaria, por ser amiga da senhora Carey, cujo marido, rico e influente, subornou os guardas da prisão para que a libertassem.

Imagem: Processo de Rebecca Nursey
MUSEU DE SALÉM
O governador extinguiu o tribunal, e, mais tarde, as excomunhões foram suspensas, as famílias dos acusados indenizadas e a reputação dos executados foi restaurada.
Betty Parris alguns anos mais tarde se casou com um comerciante, e se mudou de Salém. Mary Walcott morreu jovem. Abigail Williams enlouqueceu. E de Anne Putnan nada se sabe. Salém se tornou a meca das Bruxas, e hoje a cidade mantém um museu estilo noir para os turistas.

No chão do MUSEU DE SALÉM ...
Um disco com a inscrição de todos os nomes das pessoas que foram executadas por bruxaria. Desde então, ninguém nunca mais foi condenado nos Estados Unidos por prática de bruxaria.
Uma das bruxas que vivem em Salem:
elas querem seus direitos reconhecidos
BRUXAS DE SALEM SAEM DO ARMÁRIO PARA LUTAR POR DIREITOS CIVIS
Fonte: globo.com
SALEM, MASSACHUSETTS - Ela prepara poções, usa roupas pretas compridas e diz que consegue falar com os mortos e fazer feitiços com um leve movimento da varinha de condão. Laurie Cabot tem orgulho de ser bruxa e está lutando pelos seus direitos.
Com 73 anos de idade, a verdadeira bruxa de Salem diz que sua magia está mais forte do que nunca, enquanto senta-se em uma cadeira bem acolchoada à frente da mesa cor-de-rosa onde faz suas leituras psíquicas -e onde, diz ela, os espíritos dos mortos freqüentemente "dão as caras". "Não posso vê-los com os olhos, simplesmente sei que estão lá", diz Cabot, que tem uma tatuagem de espiral na bochecha e cabelos grisalhos longos que cobrem seus ombros e boa parte de suas costas.
"Eles falam comigo e me dizem coisas que ninguém mais sabe. E, é claro, a pessoa para quem eu faço a leitura ou fica muito chocada, ou termina chorando muito", diz ela. Cabot afirma que foi a primeira bruxa a praticar magia abertamente em Salem, a cidade da Nova Inglaterra que ficou conhecida quando um grupo de garotas acusou empregados, vizinhos e parentes de praticarem bruxaria em 1692. Enquanto o medo, a intolerância e as denúncias se espalhavam, 19 pessoas foram executadas antes que a razão prevalecesse.
Na semana passada, enquanto Cabot se preparava para sua temporada mais ativa, o Ano Novo Wicca, Samhain, que coincide com o Halloween, ela lutava contra a opinião pública pelos direitos civis das bruxas. Entre consultas psíquicas e o tempo que dedica à sua loja de artigos para bruxas, Cabot envia cartas para líderes de Massachusetts avisando-os dos perigos legais de retratar as bruxas como velhas horríveis.
Cartazes pendurados em lugares públicos com a imagem de bruxas como velhas montadas em vassouras ou como mulheres de rosto verde e olhar maligno pode levar a processos por difamação por parte de bruxas, em sinal de protesto contra o que elas vêem como violações a seus direitos civis.
"Se eles não nos protegerem e nos tratarem como todo mundo, eles podem ser processados", disse Cabot, que fundou a Liga das Bruxas pela Auto-Consciência em 1986, depois do lançamento de "As Bruxas de Eastwick", filme que as bruxas dizem fazer elas parecerem "estúpidas".

Não-satanistas
Nos anos 80, Cabot empreendeu uma campanha de cartas para os principais jornais e televisões explicando que as bruxas não são satanistas, não praticam o mal e seguem uma religião pagã pacífica, a Wicca, que é reconhecida legalmente. Depois daquele arroubo de ativismo, ela retornou à sua principal paixão -sua magia e sua loja.
"Passei adiante o trabalho de escrever cartas para outro grupo, mas durante todos esses anos elas não fizeram nada, então estamos começando novamente agora".
"Eu gostaria de convocar todos os Estados Unidos, cidade por cidade, e enviar a cada autoridade este memorando", diz ela, mostrando um panfleto de quatro páginas sobre os direitos constitucionais das bruxas.
Em uma seção, o panfleto cita uma decisão da Suprema Corte de Apelação dos EUA: "Embora existam aspectos da filosofia Wicca que possam parecer estranhos ou incompreensíveis para a maioria das pessoas, o simples fato de que uma crença seja incomum não a priva de proteção
constitucional".

Ela também quer que o Exército permita que soldados que praticam Wicca tenham seus símbolos inscritos em seus túmulos, que são feitos pelo governo.
Em 1975, o governador de Massachusetts Michael Dukakis proclamou Cabot a bruxa oficial de Salem, a cidade que é sinônimo de magia.
Hoje, Salem tem um número abundade de adeptos do paganismo e da bruxaria, estimados entre 500 e 1.000. Lojas que vendem cartas de tarô e suprimentos para magia se enfileiram nas ruas, que se enchem de turistas todos os anos durante o Halloween, em 31 de outubro.
A cidade tem uma sorveteria chamada "Dairy Witch". Lojas como "O Armário de Vassouras" e "Angélica dos Anjos" conduzem "canalizações psíquicas". Existe um "Museu das Bruxas de Salem", a "Casa da Bruxa" e uma "Masmorra das Bruxas".
"Isso é visto como uma terra da fantasia dentro da comunidade pagã", afirma Jerrie Hildebrand, bruxa e ministra do Santuário Circular, uma organização que oferece aconselhamento e serviços espirituais. "Nós costumamos nos referir a essa época do ano como a temporada de alugue-uma-bruxa."
http://halloween-felizdiadasbruxas.blogspot.com
A verdadeira história das Bruxas de Salém
Em 1692 começou uma caça à bruxas na vila de Salem, Massachusets, nos Estados Unidos, que logo se espalhou pelas vilas vizinhas. Centenas de pessoas foram acusadas de feitiçaria e vinte foram executadas como bruxas. Os historiadores, contudo, esclareceram e apontaram as verdadeiras razões dessa onda de terror na época da colonização norte-americana no final do séc. 17.
Em 1600, um grupo de imigrantes ingleses conhecidos como "puritanos" se estabeleceram em Massachusets. Desprezados em sua terra vieram para o Novo Mundo para poderem viver segundo os seus princípios. Para esse grupo radical todo o bem viria de Deus e todo o mal estaria ligado ao demônio; acreditava ainda, e temiam, em particular, as bruxas. Segundo eles, estas agiam com, e sob, o demônio, que dominava até mesmo pessoas irrepreensíveis da comunidade. Essa era uma época de muitas superstições, poucos estudos e cultura limitada a poucas famílias e aos ministros religiosos.
Em 1689, Samuel Parris, ministro anglicano, havia se mudado para a aldeia de Salem com sua família e dois escravos, Tituba e Jhon, um nativo índio. Em janeiro de 1692, a filha de Parris, Elizabeth Parris, 9 anos, conhecida como Betty, adoece. É a doença de Betty, o gatilho para a "caça às bruxas" e posteriormente, os julgamentos e as execuções. Levada ao médico, William Griggs, ele não consegue diagnosticar a doença em Betty e sob pressão do pai, Samuel, aponta a bruxaria como causa do mal na criança. Isto foi o suficiente para a histeria tomar conta da comunidade.
Pouco antes, um surto de varíola atacou as crianças de Salem, e esta doença, para a crença da época, tinha origem demoníaca. Betty e uma sobrinha dos Parris começaram a se comportar de forma estranha, com convulsões, gritos e outras formas de histeria. Inquiridas, as meninas alegaram influência dos escravos da família Tituba e de duas mendigas da Vila, Sara Good e Sara Osborne. Estas, levadas diante dos magistrados da vila negaram qualquer influência, mas Tituba afirmou que estava dominada por um demônio. As três foram então, levadas à prisão.
Estava plantada e crescia a semente da paranóia que atingiu até pessoas respeitáveis como Martha Corey, participante fiel da igreja local. Em 27 de maio de 1692, o governador William Phipps, ordenou a criação de um Tribunal Especial para ouvir e decidir sobre esses casos, em Suffolk, Essex e nos condados de Middlesex. Em 10 de junho de ano ocorreu o primeiro enforcamento de uma acusada, uma pobre mulher promíscua e maledicente da vila.
O contexto histórico desse drama mostra disputas familiares de terras, interferência religiosa e intensa superstição. Inocentes pagaram injustamente com suas vidas e outros tiveram seus nomes envolvidos sem motivos reais.
Por fim, O reverendo Parris e sua família foram forçados a se afastar de Salem em 1696, devido à pressão da comunidade e seu filho Noyes morreu em plena insanidade mental. A religião puritana começou a desvanecer-se e perdeu sua influência e credibilidade, como resultado direto dos julgamentos e execuções. A partir daí, a sociedade colonial começou a questionar as crenças ultrapassadas e supersticiosas dos puritanos, bem como de outros grupos religiosos similares.
Restou uma frase de Mary East, injustamente enforcada em 22 de setembro de 1692:
"Se for possível, que não se derrame mais sangue inocente ... Eu estou limpa deste pecado".
Escrito por Violeta Marx.
segunda-feira, 9 de outubro de 2017
quinta-feira, 15 de setembro de 2016
A bizarra história por trás das famosas Bruxas de Salem

Que atire o primeiro professor de história quem nunca ouviu falar sobre a caça às bruxas há alguns séculos. Não que essas mulheres mortas fossem bruxas de fato – imagina! Ali, de meados do século 14 até o 18, qualquer mulher que não se considerasse católica ou que tivesse comportamentos fora dos tradicionais poderia ser acusada de bruxaria e levada à fogueira por isso. Pois é.
Outro período significativo quando o assunto envolve julgamento de bruxas é o ano entre 1692 e 1693, em Salem, Massachusetts, nos EUA. A coisa ficou tão famosa que dificilmente encontramos alguém que nunca tenha ouvido nada a respeito das Bruxas de Salem. Agora nos conte: você sabe qual foi a história dessas mulheres?
Para começar: guerra, pacto com o tinhoso e refugiados
Vamos lá: nesse período, mais de 200 mulheres foram acusadas de praticar bruxarias e de fazer pacto com o tinhoso. Dessas, 20 foram mortas. Depois de algum tempo, o governo admitiu que matar essas mulheres foi um engano e até buscou maneiras de recompensar as famílias das vítimas, mas essas execuções continuam a repercutir até hoje.
Assim como no início do Período Moderno, em 1692 uma onda cristã espalhou a ideia de que o demônio estava solto em Salem, fazendo acordo com bruxas em troca da lealdade dessas mulheres. Um pouco antes, em 1689, ingleses e franceses disputavam território em colônias norte-americanas na chamada Guerra dos Nove Anos ou, ainda, Guerra do Rei William.
O conflito deixou grandes estragos no norte do estado de Nova York, nos EUA, e em Nova Escócia e Quebec, no Canadá. Como é de se esperar em casos de guerra, muitos refugiados procuraram abrigo em outras cidades, sendo que várias pessoas foram para a então Salem Village, hoje Salem.
A culpa é do oculto
A chegada dos refugiados abalou a economia local, aumentando ainda mais a rivalidade entre as famílias ricas da cidade e as que dependiam da agricultura. Na época, o primeiro ministro de Salem Village era Samuel Parris, conhecido por ser rígido e ganancioso.
Pulando para janeiro de 1962, chegamos ao momento em que tanto a filha de Parris, Elizabeth, com nove anos, quanto a sobrinha dele, Abigail Williams, de 11 anos, começaram a apresentar comportamentos estranhos. As meninas se contorciam, gritavam, arremessavam objetos, faziam sons bizarros e, por causa disso, foram examinadas por um médico.
O veredito do especialista? Eventos sobrenaturais, é claro. Na mesma época, outra criança, Ann Putnam, de 11 anos de idade, teve os mesmos sintomas que as garotas avaliadas pelo médico. Pressionadas por Jonathan Corwin e John Hathorne, magistrados, as garotas acabaram acusando três mulheres de bruxaria: Tituba, que era escrava de Parris; Sarah Good, uma moradora de rua; e Sarah Osborne, uma idosa pobre.
Enforquem as bruxas!
A partir da acusação, as três foram interrogadas por vários dias – Tituba foi a única a dizer que tinha feito um pacto com o demônio, afirmando ter assinado um livro e garantindo que mais bruxas estavam espalhadas por Salem, com o objetivo de acabar com os puritanos. As três acusadas acabaram presas.
As declarações de Tituba causaram furor em toda a cidade. Ao mesmo tempo, outra acusada de bruxaria, Martha Corey, causou ainda mais pânico. O motivo? Ela era cristã e participava ativamente da igreja local, ou seja: se até ela era uma bruxa, qualquer uma poderia ser. Em abril do mesmo ano, os tribunais de Salem julgavam dezenas de acusadas de bruxaria – nessa época até mesmo a filha de Sarah Good, uma garotinha de apenas quatro anos de idade, serviu como testemunha.
O número de acusadas não parava de crescer e, no dia 27 de maio de 1692, o governador William Phipps criou um tribunal especialmente para os casos de bruxaria. O primeiro julgamento foi o de Bridget Bishop, acusada de bruxaria por ser fofoqueira e promíscua. Ainda que tenha dito que não tinha qualquer envolvimento com bruxaria, ela acabou sendo considerada culpada e se tornou, no dia 10 de junho, a primeira pessoa enforcada sob a acusação de bruxaria.
E só piora
No mês seguinte, mais cinco mulheres foram condenadas ao enforcamento; em agosto, foram mais cinco e, em setembro, oito. À época, tanto o ministro Cotton Mather quanto seu filho, Increase Mather, então presidente de Harvard, pediam ao Governo para que não considerasse sonhos e visões como evidências em testemunhos.
Os pedidos foram considerados pelo governador Phipps, que estava em um dilema depois de sua própria esposa ser acusada de bruxaria – aí a coisa muda, né? Com o passar do tempo, as condenações diminuíram, e, em outubro, de 56 acusadas, três foram condenadas, e as mulheres que estavam presas acabaram sendo liberadas em maio de 1693.
Ainda assim, o estrago já tinha sido feito. Ao todo, 19 mulheres foram enforcadas, diversas morreram na prisão, um homem de 71 anos foi morto a pedradas e cerca de 200 pessoas foram acusadas de praticar bruxaria e realizar pactos com o demônio.
Com o fim das acusações, dos julgamentos, das prisões e das sentenças, começou a série de mea culpacom declarações de pessoas como o juiz Samuel Sewall, que pediu perdão publicamente por ter errado em seus julgamentos. No dia 14 de janeiro de 1697, o Tribunal Geral de Salem promoveu um dia de jejum em respeito às almas das mulheres condenadas.
Retratações e repercussões
Em 1711, as famílias das vítimas receberam 600 libras como forma de indenização, mas o estado de Massachusetts só se desculpou formalmente pela atrocidade em 1957, 250 anos após os enforcamentos.
A história triste de Salem acabou servindo de inspiração para artistas e pesquisadores – um artigo publicado em 1976 pela psicóloga Linnda Caporael afirmava que o comportamento estranho das crianças, avaliado como uma atividade paranormal pelo médico que as examinou, era, na verdade, resultado de uma contaminação por um tipo de fungo encontrado em centeio, trigos e outros cereais, já que o contágio por esse tipo de fungo pode causar vômito, contrações musculares e alucinações.
Atualmente, a atração mais visitada da cidade é justamente o Museu das Bruxas de Salem, que exibe documentos da época em cenários idênticos aos tribunais que julgavam as mulheres de então. O lugar é conhecido também por explorar o universo das bruxas ao longo da História.
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